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Começaremos por um modelo mais simples chamado Modelo de Gordon.

Myron J. Gordon e Eli Shapiro são os autores de um modelo de atualização do preço de ações, elaborado em 1956, onde considera-se que o fluxo de dividendos é perpétuo.


Portanto, supõe-se que os dividendos crescem a uma taxa constante. Por isso é adequado somente para empresas com perspectiva de crescimento constante no longo prazo.
A fórmula do modelo é:

P0 = D1 / (K-G)
PO= Valor Teórico
D1 = Dividendos do primeiro ano
K = Taxa de Desconto (rentabilidade esperada)
G = Taxa de Crescimento

CAPM

O modelo CAPM (Capital Asset Pricing Model) busca a taxa de retorno teórica apropriada de um determinado ativo em relação a uma carteira de mercado perfeitamente diversificada.
O modelo foi criado por Jack Treynor, William Forsyth Sharpe, John Lintner e Jan Mossin, baseado no trabalho de Harry Markowitz sobre diversificação e teoria moderna de portfólio. Sharpe¹ foi o vencedor do Prêmio Nobel de Economia do ano de 1990, juntamente com Markowitz e Merton Miller, por sua contribuição ao campo de finanças.


A fórmula do modelo está na figura acima.


r – retorno esperado
rf – retorno da taxa Livre de risco – comumente usa-se os Treasuries americanos como taxa livre de risco. Para o Brasil, por vezes, utiliza-se a taxa Selic para preencher este termo)
β – índice utilizado para a medição do risco não diversificável, medindo o risco de uma ação em relação a uma carteira de mercado. O beta pode ser obtido estatisticamente comparando o retorno de uma empresa ao retorno do mercado (é comum a utilização de índices como o Ibovespa).
O beta também pode ser calcula-se utilizando a formula anexa ao final do texto.
(rm – rf) – Prêmio de risco – Pode ser baseado no rating da companhia obtido junto as três grandes agências de rating (Moody’s, S&P e Fitch). O prêmio de risco também pode ser obtido consultando o site do professor da Universidade de NY, Aswath Damodaran

 

Através do modelo de CAPM encontramos o custo de capital próprio (capital do acionista). Porém nem só de aportes vivem as empresas. Precisamos considerar também sua parcela de dívidas, ponderando a parte de cada modalidade de dinheiro.
Para adicionar a parcela de dívida na busca pela taxa de desconto de um fluxo de caixa temos o modelo de WACC (Weighted Average Capital Cost). Uma vez encontrado o custo médio dos financiamentos das empresas seguimos para a fórmula no início do texto.

E/(D+E) e D/(D+E)
E = Equity (Capital Próprio)
D = Debt (Dívidas)
Assim encontramos uma proporção entre a composição de capital da companhia.
A fórmula do WACC encontra-se em figura anexa ao texto.

re = custo de capital próprio
rd = custo do capital de terceiros
1-T = 1 – alíquota do imposto de renda. Os juros da dívida são abatidos do IR pois reduzem o lucro da empresa.

Assim, já possuímos ferramentas para iniciarmos nossa análise de ações e fazer escolhas rentáveis e com segurança.
Seguimos defendendo a escola fundamentalista de Grraham, Fisher, Buffet e Lynch como a mais adequada a geração de riqueza a longo prazo.


¹ Índice de Sharpe – Índice que mede o retorno adicional de um ativo para cada unidade adicional de risco.
Site Damodaran: http://pages.stern.nyu.edu/…/New_Hom…/datafile/ctryprem.html

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