
O intuito desde artigo não é fazer juízo de valor sobre o que é justo ou sequer possível de ser realizado mas apenas demonstrar panorama atual.
Hoje o Estado do Rio de Janeiro encontra-se quebrado, simplesmente não há mais dinheiro. Enquanto não inventamos árvore produtora de dinheiro, não possuímos solução clara e simples. Os motivos são os mais diversos: como corrupção, superfaturamento, benefícios fiscais e má alocação de recursos.
Poderíamos pensar em aumentar impostos, porém, não necessariamente dará certo. Economicamente falando, aumentar impostos desestimularia a atividade produtiva (empresas). Com menos oferta de bens e serviços, as empresas precisam de menor força de trabalho e por consequência, o desemprego aumenta. Menos pessoas empregadas significa menor renda disponível para a aquisição de bens e serviços, fazendo com que as empresas precisem produzir ainda menos e continuar a redução na sua força de trabalho. Podemos perceber que trata-se de um ciclo vicioso.
Quando pensamos no setor público a situação é ainda pior. Enquanto uma empresa privada pode se adequar a sua capacidade, o setor público não pode reduzir sua força de trabalho em virtude dos empregados terem estabilidade prevista por lei.
Com a crise econômica e escândalos de corrupção, os investimentos se reduziram drasticamente, contribuindo para a redução da arrecadação de impostos do governo. Sem este dinheiro é impossível manter os níveis anteriores de atividade.
O desespero chegou a tal ponto que há a possibilidade real de reduzir o salário dos funcionários, algo impensável até um tempo atrás, incompatível com a própria lei. Certamente tal corte terá consequências como a paralisação de alguns serviços públicos.
No âmbito federal também temos problemas. O INSS possui um grande rombo de aproximadamente R$150 bilhões. Sinceramente não há como mantê-lo por muito mais tempo sem um grande aporte por parte do governo ou alteração da idade de aposentadoria, para algo que seja inalcançável para seres humanos normais.
Uma solução possível para garantir nossa sobrevivência é a aprovação da PEC 241, chamada pelos partidos de esquerda de PEC do fim do mundo. Esta proposta de emenda constitucional simplesmente limita gastos do governo para que este não entre em concordata, todavia sabemos da importância de não se cortar recursos dos setores essenciais, tais como saúde e educação.
Imaginemos um indivíduo que recebe mil reais por mês, porém gasta R$ 1500, então ele consegue um empréstimo de R$ 6 mil reais, o suficiente para que mantenha seus gastos por 1 ano (-500 ao mês x 12 meses). Ao fim desde ano, ele continuará tendo um fluxo mensal negativo e um passivo a pagar de R$ 6 mil mais juros. Com este exemplo simples entendemos que o modelo atual não é sustentável e nos encaminhará para o precipício.
Não pensemos que isto não pode acontecer, pois já aconteceu. O Postalis, fundo de pensão dos Correios apresenta rombo de aproximadamente R$ 7 bilhões, representando mais da metade dos recursos necessários para honrar as aposentadorias.
Seus administradores tiveram então a brilhante ideia de solicitar uma contribuição adicional dos funcionários, no montante de 18%.
A ineficiência do setor público é clara e notória. Embora o pensamento de muitos brasileiros seja de condenar o lucro exacerbado, o lucro é e sempre foi o motor que leva a sociedade adiante e deve ser perseguido com afinco.